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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ADOTE HABITOS SIMPLES DEPOIS DE SEU TREINO E MELHORE SEU DESEMPENHO.

fonte: blogfastrunner.blogspot.com.br/2013/01/adote-habitos-simples-depois-do-treino.html?m=1 



É só desamarrar o tênis depois de um treino para o organismo começar o reparo do stress a que você submeteu seus músculos. "É esse processo de recuperação - e não a ginástica em si - que condiciona o corpo a ficar mais forte e magro", diz Luciana Mankel, educadora física especializada em fisiologia do exercício de São Paulo. "O que você faz nas 48 horas seguintes é tão importante quanto a atividade física em si."

Alongue-se na hora certa

Não é novidade que o alongamento é um passo primordial para a recuperação de qualquer exercício. Estudos apontam que aqueles que se alongam depois (e não antes) de uma atividade física apresentam um ganho de até 20% de massa muscular quando comparados aos que pulam essa etapa. "Entre as vantagens estão a ativação do sistema circulatório e a revigoração dos sistemas respiratório e neuromuscular", explica Sérgio Lima, personal trainer.

Para poupar a sensação de queima no músculo durante o estica e puxa, o profissional indica o alongamento americano Active Isolated Stretching (AIS). Nele, você segura por no máximo 3 segundos cada posição e faz de dez a 12 repetições por músculo tratado. A técnica acelera a recuperação por inibira dor, aumentar a circulação e melhorar a oxigenação.

Permita-se pegar no sono

Se você não fica com os olhos fechados por mais do que 7 horas por noite, eis um incentivo extra para você contar carneirinhos: enquanto dormimos, o organismo prepara caminho para um corpo firme e forte.

Nesse período, é registrado o pico de produção de GH, o hormônio do crescimento, que interfere na renovação celular e na construção dos músculos. "Um dos principais benefícios de um sono de qualidade é a reparação muscular", afirma Fernando Oto Balieiro, otorrinolaringologista e chefe do laboratório do sono do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. As horas de descanso estimulam também a queima de gordura e a construção óssea depois de um dia de treino.

Dormir ainda interfere no que você coloca no prato. Pesquisas apresentadas no 26º Encontro Anual da Academia Americana de Medicina do Sono, realizado em junho, mostraram que aqueles que repousaram menos tiveram os hormônios da saciedade desregulados. Eles apresentaram uma tendência de aumentar o número de refeições ao longo do dia e de escolher alimentos menos saudáveis.

Mantenha-se em movimento

Fazer uma atividade de baixa intensidade no dia seguinte ao de um treino puxado soma pontos no placar final da boa forma, já que prolonga os ganhos musculares e estimula a circulação. "Exercitar-se continuamente faz com que o fluxo sanguíneo transporte nutrientes mais frescos para os músculos e ajuda a eliminar toxinas", explica Luciana Mankel. Entre o grupo despachado do nosso corpo está o ácido lático, conhecido por deixar aquela sensação de dor muscular pós-treino. 

Coma direito

Não é de hoje que profissionais do esporte e cientistas defendem a importância da alimentação após o treino como ferramenta para auxiliar na reparação muscular. Quem ainda não está convencido a incluir no cardápio um lanche nesse horário tem mais um motivo para isso: menos barriga. A gente sabe que soa contraditório e explica: a atividade física ativa o cortisol, um hormônio do stress que nos dá energia para aguentar até o fim da aula de spinning, por exemplo. Mas manter-se nesse estado por muito tempo pode ser uma cilada. O cortisol não só inibe o processo de reparo muscular como altera o metabolismo, fazendo seu corpo acumular mais calorias sob a forma de gordura (principalmente na região da barriga) em vez de queimá-las. 

Para nossa sorte, ingerir proteínas e carboidratos complexos (encontrados nos grãos, no pão integral, nas frutas e na granola) até 30 minutos depois da ginástica previne esses efeitos indesejados. "As proteínas aceleram o metabolismo e reforçam a reparação dos tecidos; já o carboidrato repõe a energia, evitando que seu corpo consuma massa muscular", explica Inarí Ciccone, nutricionista especializada em nutrição esportiva pela Unifesp.

Um copo de suco de soja com um sanduíche de pão integral e patê de atum ou até mesmo 1 copo de suco de fruta acompanhando uma torrada com ovo mexido são opções boas e práticas.

Massageie os músculos

Uma massagem depois do treino não é só um mimo. Estudos apontam que a técnica acelera em até 60% a regeneração muscular. "A massagem previne lesões e melhora a recuperação porque estimula o fluxo sanguíneo na área e reduz as inflamações no tecido", diz Andressa de Castro, fisioterapeuta especialista em ortopedia e traumatologia da Clínica Cristiane Coelho, em São Paulo. Faça uma massagem de 10 minutos dando atenção especial à musculatura trabalhada no dia. A dica é deslizar as mãos em direção aos gânglios das regiões. Ou seja, em movimentos ascendentes nas coxas - direcionados à virilha -, seguindo em direção às axilas nos braços, no sentido horário no abdômen (tendo o umbigo como centro) e da cintura para a virilha. Um creme hidratante facilita as manobras.

Caso encontre um nó, dedique mais tempo ao local pressionando suavemente de fora para dentro. "Se sentir dores localizadas, faça compressa fria durante 20 minutos antes da massagem para diminuir a inflamação e o inchaço", diz o personal trainer Sérgio Lima.

Beba (mais) água

Um corpo desidratado rende menos do que um bem abastecido de água. O ritmo fica mais lento, como se faltasse combustível para completar suas funções. Ou seja, por mais que você esteja suando horrores na academia, seu corpo deixa de queimar calorias justamente por não estar abastecido como deveria. Basear-se na regra dos 8 copos de água por dia (cerca de 2 litros) não é suficiente se você malha. "O ideal é incluir nessa conta mais 500 ml por hora de atividade física", aconselha a nutricionista Inarí Ciccone.

Beba água não só depois dos exercícios, mas antes e durante. "Pessoas que não se hidratam como deveriam têm maiores chances de queimar massa magra durante o exercício." O hábito também auxilia na perda de peso, já que ajuda a controlar impulsos e mantém a saciedade.
Ótimos Treinos e um excelente começo de ano!
Equipe Fast Runner
Por Fast Runner

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Gordura afeta áreas cerebrais ligadas ao paladar.



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Gordura nos alimentos afeta áreas cerebrais ligadas ao paladar

FOLHA DE S.PAULO ONLINE - WEB - WEB - 23/07/2012
A gordura dos alimentos reduz a atividade de várias áreas cerebrais ligadas à percepção de gosto e aroma e ao sistema de recompensa.
Isso foi demonstrado pela primeira vez por um estudo que usou imagens de ressonância magnética para observar mudanças no cérebro de participantes ao consumirem produtos com ou sem gordura.
A pesquisa foi feita na Universidade de Nottingham (Reino Unido), em parceria com a Unilever, multinacional da indústria de alimentos, e durou três anos.
Os participantes do estudo experimentaram quatro emulsões de frutas, todas com a mesma consistência e doçura, enquanto seus cérebros eram mapeados por computador. Uma das emulsões não continha gordura e as outras três tinham diferentes proporções de gorduras em sabores variados.
Os pesquisadores observaram que que as áreas cerebrais responsáveis pela percepção do sabor (como o córtex somatosensorial e a ínsula) são muito menos ativadas pelas emulsões gordurosas.
O interesse da indústria no estudo, segundo notícia publicada no site da universidade britânica, é descobrir meios de produzir alimentos com menos gorduras sem prejudicar o sabor e a sensação de satisfação do consumidor. O objetivo é, em uma década, melhorar os hábitos alimentares da população e combater a obesidade.
EFEITOS
Esse é o primeiro estudo que avaliou o efeito da gordura no sistema cerebral de percepção do sabor. Agora, levantamos a questão: por que as emulsões com gordura bloquearam a ativação cortical em regiões do cérebro ligadas ao processamento do sabor e ao sistema de recompensa? Também precisamos determinar quais as implicações desse efeito nas sensaçãoes de fome, saciedade e recompensa, disse Joanne Hort, professora adjunta de ciências sensoriais da Universidade de Nottingham.
A maior ativação dessas áreas não resulta necessariamente em maior percepção de sabor ou na sensação de recompensa, lembram os pesquisadores.
Para Johanneke Busch, engenheiro de alimentos do laboratório de desenvolvimento e pesquisa da Unilever, na Holanda, as descobertas foram um passo importante para descobrir como produzir um tipo de comida mais saudável que seja atraente para o consumidor. Além da gordura, há mais coisas que criam a satisfação, como a textura da comida e a capacidade de produzir saciedade, disse Busch.
A pesquisa acaba de ser publicada no periódico científico Chemosensory Perception e teve apoio do Conselho de Pesquisas em Biotecnologia e Ciências Biológicas do Reino Unido.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Frequência Cardíaca Alta

no preview



Texto interessante. Era uma dúvida minha





NINGUÉM MORRE POR CAUSA DE FREQUÊNCIA CARDÍACA ALTA NO TREINAMENTO
Por: Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529-P/R
E-mail: lcmoraes@compuland.com.br
Data de Publicação: 13/07/2011

Introdução
   Nos dias de hoje em função da tecnologia da informação cada vez mais acessível às pessoas a maioria sabe que deveria fazer alguma atividade física mesmo sendo supostamente pouco como, por exemplo, 30 minutos três vezes por semana. Só isso já seria suficiente para reduzir as chances de um infarto em 20%. Entretanto, essa área da atividade física ainda é cheia de falsas verdades e poucas certezas que acabam confundindo algumas pessoas e quando não estão muito a fim mesmo de fazer aproveitam o álibi para continuar a não fazer nada. E as que resolvem fazer exercícios? Qual é a freqüência cardíaca que cada indivíduo deve seguir para que seu treinamento não fique além nem aquém do necessário?
   Uma das grandes dúvidas é saber qual a intensidade do exercício a fazer e como definir isso. A gente sabe que uma das formas fidedignas é através da freqüência cardíaca, mas qual a fórmula ideal para cada um se existe tanta discussão em torno desse assunto? A mais conhecida e mais divulgada até hoje é a 220 – idade para se determinar a freqüência cardíaca máxima e a partir dela os percentuais de acordo com o objetivo do treinamento. Esse é o problema. Eu já abordei esse assunto em outros artigos e disse que há muito está ultrapassada porque foi elaborada considerando atividade física em condições atmosféricas ideais ou em condições de laboratório. Como considerar essa fórmula se o sujeito vai treinar ou praticar esporte, por exemplo, numa cidade como o Rio de Janeiro normalmente muito quente ou numa cidade muito fria como Petrópolis? Além disso, a maioria das pessoas se forem fazer um teste ergométrico com protocolos exigentes certamente chegarão a resultados de Freqüência Cardíaca Máxima bem diferente dessa fórmula. Eu posso citar inclusive o meu exemplo. Atualmente aos 61 anos disputo corrida de 5 km onde normalmente subo no pódio entre os três primeiros colocados na faixa etária de 60 a 64 anos com melhores tempos entre 19 minutos e 30 segundos a 20 minutos. A minha freqüência cardíaca no meio da prova disputando posição é em torno de 184 bpm e na chegada em torno de 189 bpm. Entretanto, a freqüência cardíaca de repouso é de 47 bpm e a recuperação no primeiro minuto passa de 20 batimentos. Pela fórmula 220 – 61 = 159 eu seria proibido de correr e já faço isso há 41 anos porque essa Freqüência Cardíaca de 159 bpm mal dá para caminhar forte.

   
A contestação da fórmula e uma nova proposta - Pois bem. Pesquisadores da Universidade do Colorado concluíram em seus estudos que a fórmula 220 – idade ficou superada por dois bons motivos: Os mais jovens podem estar se exercitando além dos limites colocando em risco o músculo cardíaco. Isso considerando o máximo de 200 batimentos para 20 anos de idade. Atualmente ainda acredita-se que atividades explosivas e intensas podem ser mais perigosas para um coração jovem do que para uma pessoa de meia idade ou terceira idade. O coração jovem possui a circulação chamada de secundária completamente obstruída justamente por ser o músculo cardíaco ainda novo e forte que impede uma passagem de emergência do sangue por essa circulação no caso de um infarto. Não são raros os casos de atletas jovens vítimas de infarto fulminante em atividades explosivas enquanto que num coração mais velho a circulação secundária acaba servindo de desvio salvando a vida de uma pessoa.

   Ao contrário, os mais velhos pela fórmula 220 – idade podem estar se exercitando aquém da real capacidade como, por exemplo, uma pessoa de 50 anos onde 170 batimentos pode ser pouco.

   Os fisiologistas do Colorado, encabeçados pelos médicos Douglas Seals e Hirofumi Tanaka avaliaram mais de 18700 pessoas para sugerir uma nova fórmula publicada no Journal of the American College of Cardiology que seria multiplicar a idade por 0,7 e subtraí-la de 208. Em princípio parece não significar nada, mas pela fórmula 220 – idade uma pessoa de 70 anos poderia chegar a 150 batimentos e no novo cálculo a 159. Quanto mais velha a pessoa mais coerência tem a nova fórmula. Uma pessoa com 80 anos teria seus valores alterados de 140 para 152 batimentos. E os mais novos? Também parece lógico, pois teriam seus valores reduzidos para 194 e não os 200 da fórmula antiga.
E daí? Mesmo pela nova fórmula eu e muita gente somos pontos fora da curva porque pela nova fórmula 165 bpm para mim ainda é pouco em nível de competição. Nesse caso vale novamente a Escala de Borg x bom senso. O corredor precisa se conhecer e aprender associar a Escala de Borg com a freqüência cardíaca que continua ser importante a gente saber, daí a necessidade do uso do bom frequencímetro. A corrida está Fraca, Moderada ou Forte? Fraca você conversa normalmente com uma pessoa que esteja ao seu lado, Moderada responde com certa dificuldade procurando ar para responder e Forte se responder é com monossílabos. Em cada situação dessas observe a freqüência cardíaca no monitor e a partir daí cada corredor pode conhecer melhor como se comporta seu coração na corrida nos diversos momentos de um treinamento ou competição. Os monitores cardíacos evoluíram bastante especialmente uma marca e tem modelos para todos os bolsos. Alguns vêm com pedômetro que além de deixar todo o comportamento cardíaco registrado, marca a quilometragem percorrida com razoável confiabilidade e ainda pode transferir os dados para o computador para poder ser analisado depois junto ou não com seus treinadores. É uma ferramenta importante que deve ser usada por quem pode.
   Freqüência Cardíaca Alta não Significa Problema - Ora! A freqüência cardíaca em treinamento varia numa mesma pessoa em diferentes momentos sejam pelas condições atmosféricas ou momentos emocionais, fatores que em princípio não impedem um indivíduo de treinar normalmente se não estiver sentindo nenhum mal estar mesmo com a freqüência cardíaca mais alta. No 23º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e Esporte realizado em Petrópolis RJ o Dr. Cláudio Gil citou o que várias vezes já citei no CDOF responde, Ninguém morre de freqüência cardíaca supostamente alta em treinamento contínuo ou competição a menos que já tenha alguma cardiopatia pré-existente. Daí a necessidade de anualmente cada corredor fazer a sua avaliação médica completa incluindo um teste de esforço com protocolos exigentes e adequados ao corredor que leve o indivíduo à exaustão visando estabelecer realmente qual a sua freqüência cardíaca máxima. A partir daí o corredor pode estabelecer a faixa de freqüência cardíaca que deverá treinar fraco, moderado ou forte. Respectivamente 50 a 60%, 60 a 70% e 70 a 90% da freqüência cardíaca máxima estabelecida no teste de esforço. Segundo o Dr. Cláudio Gil, que também é corredor, “não é incomum encontrar freqüência cardíaca máxima em torno de 200 batimentos em atletas de 30 ou 40 anos de idade sem que isso represente um problema clínico”. Como citei, eu mesmo aos 61 anos registro 189 numa chegada de corrida de 6 km. Segundo o médico citado é mais provável que se trate de um coração mais jovem do que propriamente um risco cardíaco. Ou seja, o meu coração como o de outros corredores ainda reage como o de um jovem que bate a quase 200 batimentos por minuto. No ciclismo isso é ainda mais comum com atletas veteranos chegando e/ou passando dessa marca. Essa resposta para mim faz sentido.

   Determinando a Freqüência Cardíaca Máxima – Testes mais sofisticados que infelizmente ainda não é tão acessível assim que coletam e analisam gases expirados registram outros indicadores importantes como o limiar anaeróbio, faixa de intensidade de esforço onde os músculos passam obter energia necessária dos processos metabólicos sem a presença de oxigênio. A identificação da freqüência cardíaca exatamente nesse ponto do limiar anaeróbio é muito importante para a seqüência dos treinamentos moderados e fortes como, por exemplo, os intervalados. Esse tempo que o corpo do corredor suporta correr sem oxigênio é aumentado com os intervalados, portanto treinável. É possível que a qualidade e regularidade do treinamento faça com que um ano depois quando o corredor repetir o teste de esforço a freqüência cardíaca máxima não seja mais a mesma podendo ser ligeiramente mais baixa por dois motivos: por estar um ano mais velho e pela qualidade do treinamento. Entretanto, o dado mais importante que realmente identifica um coração sadio e bem treinado é a freqüência cardíaca de repouso. Medidas abaixo de 30 batimentos por minutos não são raras em maratonistas de elite. Adultos saudáveis e não atletas costumam medir 60 a 80 batimentos em repouso.

    O modo prático para quem não pode pagar um teste mais sofisticado é fazer um treinamento intervalado com três tiros de 2 minutos numa ladeira moderada especialmente com esse objetivo. Primeiro faça um aquecimento de 5 a 10 minutos bem feito e no plano. Depois faça o primeiro tiro na ladeira sem forçar o máximo e volte trotando. Em seguida tente a máxima velocidade possível no segundo e terceiro tiro sempre voltando com trote. Possivelmente em um dos dois tiros finais terá conseguido a freqüência cardíaca próxima da máxima. Claro, isso pode ser feito também na esteira usando uma inclinação entre 3 a 5% trotando nos intervalos com inclinação zero, mas na rua a intensidade e a exigência serão maiores possibilitando alcançar o objetivo que é a freqüência cardíaca máxima com mais fidelidade.

    A Freqüência Cardíaca Varia em Diferentes Situações - Na parte da manhã tanto a de repouso como a máxima tende a ser menor 5 a 10 batimentos. Embora à tarde ela seja maior ainda vai depender de como foi o dia de trabalho do corredor. Se teve muitos problemas de trânsito engarrafado, levou bronca do patrão, se é um chefe e/ou executivo de quantas reuniões chatas participou, brigou com a namorada e assim por diante. Tudo isso pode jogar por água abaixo todas aquelas maravilhosas contas que fez para treinar em zona alvo. Ou seja, a zona alvo de manhã é uma e de tarde pode ser outra.

   Uma corrida longa numa situação atmosférica extrema com muito calor como foi, por exemplo, a da ponte Rio e Niterói derruba qualquer fórmula cardíaca. Mais uma vez sobreviveram os que estavam muito bem treinados e principalmente conheciam suas reações e limitações em situações adversas. Depois de uma hora de corrida a freqüência cardíaca aumenta na proporção da perda de peso corporal por desidratação tanto em função da alta temperatura como da duração da corrida. Por melhor que tenha sido a atenção do corredor com a hidratação sempre vai perder peso corporal e aumentar a freqüência cardíaca. Isso acontece porque com o desgaste aumenta a necessidade também de aumentar o volume de sangue para atender a demanda, tecnicamente chamada de débito cardíaco. Experimente fazer uma corrida em ritmo moderado por mais de 40 minutos numa esteira em ritmo constante usando o monitor cardíaco. Mesmo num ambiente com temperatura controlada a freqüência cardíaca não será a mesma o tempo todo aumentando no terço final.

   Outro fator a ser levado em conta é a diferença de freqüência cardíaca em treinamentos mesmo sendo muito forte como nos intervalados comparada com a competição. Mesmo que num treinamento de 5 km forte o corredor bata o seu recorde pessoal a sua freqüência cardíaca numa competição na mesma quilometragem nas mesmas condições atmosféricas será maior influenciado pelos fatores emocionais. E mais. As mulheres têm freqüência cardíaca, em torno de 5 a 7 batimentos, maior que os homens além de variar de acordo com o ciclo hormonal. Nos idosos a tendência natural é diminuir a freqüência cardíaca máxima entre 6 a 10 batimentos por minuto por década, razão pela qual todas as fórmulas, boas ou ruins associam a idade à equação estudada seja ela qual for. Ou seja, a idade é o único elemento consensual por enquanto. Mesmo que a freqüência cardíaca máxima seja alta, objeto desse artigo, a cada ano ela será um pouco menor.

  A passada, uma preocupação constante de todo corredor também influencia na freqüência cardíaca. Em corridas de média e longa distância a passada mais econômica é a curta e rápida que provoca menos desgaste físico e, por conseguinte freqüência cardíaca um pouco mais baixa. As passadas longas também são eficientes, mas para corridas mais curtas.
Como citei o meu exemplo consigo correr com mais de 180 bpm durante todo o quilômetro final ficando a maior parte do tempo em torno de 170 a 174 bpm que é a minha zona de conforto esperando para dar o bote. Mesmo assim essa minha freqüência cardíaca de conforto não se encaixa em nenhuma fórmula e tenho vários clientes na mesma situação.

   Variáveis Mais Importantes – Como já citado as respostas cardíacas na transição do repouso ao exercício e principalmente a recuperação pós-esforço são mais importantes que qualquer fórmula. A bradicardia fisiológica registrada no repouso comum em atletas treinados, a capacidade de aumentar rapidamente a freqüência cardíaca num chamado “teste dos quatro segundos”, caso típico de uma largada de corrida, e a queda da freqüência cardíaca maior que 20 batimentos no primeiro minuto de recuperação representam MENOR prevalência de problemas cardíacos. Não importa se sua freqüência cardíaca fique mais alta durante a corrida. Importa é cair rapidamente no primeiro minuto depois da linha de chegada e a de repouso ser baixa. Portanto, qualquer fórmula é melhor que 220 – Idade. Essa recuperação está atrelada a bradicardia fisiológica de repouso devido às adaptações cardiovasculares inerentes ao corredor especialmente os de longa distância. As câmaras cardíacas se tornam maiores especialmente o ventrículo esquerdo ejetando maior volume sanguíneo em cada contração (batida) não precisando bater tantas vezes para atender à demanda do aporte sanguíneo.

    De qualquer forma para quem não consegue viver sem elas aí vão as fórmulas mais conhecidas que em nenhuma delas eu e muita gente não nos enquadramos. Se nenhuma delas também não se adequar ao seu perfil cardiovascular use a que lhe der o valor maior de freqüência cardíaca máxima ou use a Escala de Borg, mas acompanhe sempre a freqüência cardíaca que continua ser importante também. Com o tempo dá para saber direitinho a hora de “segurar a onda” dentro de uma competição e a hora de partir para a vitória pessoal tendo como referência a freqüência cardíaca que é única e pessoal. Duvido também que algum corredor se lembre de conferir isso na hora da chegada disputando posição.

As fórmulas mais conhecidas:
destreinados (Sheffield e col,1965) = 205 - (0,42 x idade).
treinados- Sheffield e col,1965) = 198 - (0,42 x idade).
(FCM - Jones e col,1965) = 210 - (0,65 x idade).
Renato Lotufo e Turíbio Leite de Barros: 208 - (0,7 x idade).
Referência Bibliográfica:
1) ASTRAND, P. O; RODHAL, K. Tratado de Fisiologia do Exercício. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
2) ALONSO D. O, FORJAZ C. L. M., NEGRÃO C. E. - Comportamento da Freqüência Cardíaca e de Variabilidade Durante as Diferentes Fases do Exercício Físico Progressivo Máximo, Arquivo. Brasileiro. Cardiologia, 1998; 71(6): 787-792
3) ALMEIDA, Marcos B. e ARAÚJO, Claudio Gil S. - Efeitos do Treinamento Aeróbico Sobre a Freqüência Cardíaca. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/rbme/v9n2/v9n2a06.pdf Acesso em: 08/07/2011.
4) ARAÚJO, Cláudio Gil Soares de. Freqüência cardíaca e exercício físico. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 46, n. 271, p. 22-27, jun. 2010. Disponível em: http://boletimef.org/biblioteca/2813/Frequencia-cardiaca-e-exercicio-fisico Acesso em: 08/07/2011.
5) ARAÚJO, Cláudio Gil Soares de – Uso e Interpretação Clinica da Freqüência Cardíaca no Exercício - 23° Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte – 15 a 18 de Junho de 2011 – Petrópolis RJ.
6) FERNANDES, Tony Charles et al. - Freqüência Cardíaca de Recuperação Como Índice de Aptidão Aeróbia. Disponível em:http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/viewArticle/3382 Acesso em: 08/07/2011.
7) FARINATTI PTV, ASSIS BFCB - Estudo da Freqüência Cardíaca, Pressão Arterial e Duplo Produto em Exercícios Contra Resistência e Aeróbio Contínuo. Revista. Brasileira Atividade Física e Saúde, 2000; 5(2): 5-16.
8) LAZZOLI, José Kawazoe – Esporte Competitivo em Portadores de Doenças Cardiovasculares - 23° Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte – 15 a 18 de Junho de 2011 – Petrópolis RJ.
9) LAZZOLI, José Kawazoe – Atualizações Sobre o Papel do Exercício Físico na Redução do Risco Cardiovascular - 23° Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte – 15 a 18 de Junho de 2011 – Petrópolis RJ.
10) MAIOR, Alex Souto - Alterações e Adaptações no Sistema Cardiovascular em Idosos Submetidos ao Treinamento de Força. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd64/idosos.htm Acesso em: 08/07/2011.
11) MCARDLE, WILLIAM D.; KATCH, FRANK I.; KATCH, VICTOR L.; TARANTO , GUISEPPE (Trad.). Fisiologia do exercício : energia, nutrição e desempenho humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
12) NEGRÃO, Carlos Eduardo e BARRETTO, Antônio Carlos Pereira – Cardiologia do Exercício – Do Atleta ao Cardiopata. Editora Manole. 3ª Edição Barueri, SP, 2010.
13) OLIVEIRA, Marcos Aurélio Brazão de. – A Síndrome do Coração de Atleta – Como Reconhecer o que é Fisiológico e o que é Patológico – 23° Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte – 15 a 18 de Junho de 2011 – Petrópolis RJ.
14) ROBERGS, Robert A – Princípios Fundamentais de Fisiologia do Exercício para desempenho e Saúde. Editora Phorte, 2002 – São Paulo.

domingo, 24 de junho de 2012

Não corra do frio.

Fonte: http://espn.estadao.com.br/post/263951_corrida-no-inverno


Nos últimos dias, a capital paulista tem registrado temperaturas na casa dos 14 graus às 6 horas da manhã e 20 graus ao meio-dia. Nesta quarta-feira (20) de junho entramos na estação mais fria do ano, o inverno. É tempo de festa junina, comidas típicas, vinho quente e do famoso quentão, porém, para não exagerar na dose, eis alguns cuidados que devem ser tomados pelos praticantes da corrida:

Efeito sanfona: no frio o risco de engordar aumenta, devido à ingestão de alimentos de alto teor calórico. Procure manter uma alimentação balanceada, bem parecida com a que você consumiu no verão.

Deixe a preguiça de lado: se você está habituado a se exercitar pela manhã, mas, no frio pensa duas vezes antes de se levantar da cama quente, mantenha a rotina, porém, previna-se contra o frio.

Resistência em alta: todos sabem que a atividade física regular aumenta a resistência orgânica, prevenindo de gripes, osteoporose, doenças cardíacas. Consuma neste período alimentos ricos em vitamina C, como laranja, acerola, mamão papaia, brócolis, morango, kiwi. Vale também reforçar a ingestão de alimentos que contenham vitamina E (potente antioxidante que combate os efeitos dos radicais livres): germe de trigo, amêndoa, gema de ovo.

Proteja o seu corpo: use roupas especiais para o inverno e dê preferência para os tecidos de performance, como os tecidos inteligentes: - que mantém a temperatura de seu corpo enquanto você corre e transpira, sem encharcar a camiseta. A região de seu corpo que merece maior atenção é a do peito, por reunir vários órgãos vitais. Mantenha-o sempre protegido. Extremidades, como mãos e pés, também merecem atenção. Proteja-os com luvas e meias especiais. Caso tenha pouca proteção no telhado, use boné de suplex, para não esquentar demais a cabeça. Ao término da corrida troque a roupa molhada por roupas secas de imediato. 

Bico rachado: para evitar o ressecamento dos lábios e pele, é recomendável o uso de protetor labial e também protetor solar.

Não corra ensacado: os plásticos junto ao corpo elevam demais a temperatura interna, aumentam a sudorese e predispõem à desidratação.

Água fresca: mesmo no inverno se faz necessário a ingestão de água antes durante e após aos exercícios. Mantenha o hábito de se hidratar a cada 20 minutos com 200 ml de água durante a sua corrida diária. Durante o dia, 3 litros de água serão suficientes.

Indoor: se você é daqueles que prefere correr em um lugar sem vento ou frio, com temperatura aclimatizada, o melhor é optar pela esteira. Saiba que ela surgiu com essa finalidade em países como a Finlândia, onde seis meses por ano neva e os outros seis meses faz frio. Como os atletas olímpicos não tinham como treinar ao longo do ano, foram criados a esteira e o frequêncímetro.

• Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas nas festas juninas para não ter dor de cabeça depois...e prejudicar a sua corrida diária.

VAMOS CORRER! Sexta-feira, 21h30, ESPN Brasil.

sábado, 23 de junho de 2012

O valor do que é eterno.




Estranho. É uma pergunta sem resposta. Porque optamos muitas vezes por algo que realmente queremos, fazemos e não nos completamos. E outras que temos resistência em fazer, fazemos, e sim, traz uma realização muito grande.

Venci minha resistência e fui. Olhei as horas, programei. Mas é fato que havia feito outro planejamento antes. Estaria em outro local. Mas acho que isso também foi providência. As coisas sutilmente irem acontecendo.

O horário chegou. Me aproximei e logo ao sair do carro comecei a relembrar o quanto Deus realizou em minha história e minha família. A torre com os sinos infelizmente não andaram além do projeto. Ao me dirigir ao toilet pensei se ainda estivesse lá ou mesmo se estivesse aberto como ficara no passado. No caminho, ao passar pelas portas abertas, observei que Ele estava lá. As orações seguiam o ritmo tradicional. Depois de passar rapidamente pelo banheiro que encharcado estava por um vazamento em uma válvula de registro, era hora de, finalmente, dar o passo para o reencontro. É fato que Ele sempre deve ter a predominância absoluta dos meus olhares mesmo estando sempre comigo. Mas na sala a direita e ao fundo, lá estava a imagem do testemunho. Como há 8 anos. No mesmo lugar. Fazendo a mesma coisa. A mesma persistência. A mesma crença. O mesmo amor que o fez estar ali pela primeira vez. E foi logo a primeira embargada na garganta. O primeiro toque do Meu Pai que me falava que aquilo ali, sim, era eterno. Aquilo era profundo. Voltei ao passado. Afundei em meus pensamentos. Como preciso restaurar tanta coisa que era boa. Ao redor comecei a reconhecer alguns rostos. Alguns que mostraram cada dia que passou. Outros que mostraram que ficaram mais jovens, ao menos espiritualmente. Tudo seguiu o mesmo ritual histórico. Até o momento em que, antes da celebração, fui encontrá-lo no primeiro ambiente. Pensei que não me reconheceria, mas logo exclamou lá do fundo: "-Olha quem apareceu por aqui!". Me aproximei e fui disparando pela boca tudo o que havia em meu coração. Desdobramentos e mais desdobramentos que brotavam da palavra "saudade". Sorrimos, eu puxei o abraço. Comecei os elogios mas, santamente ele saiu pela tangente e disparou outras palavras buscando simplesmeste uma conversa simples. Aliás, simplicidade que o capacita a gargalhar por coisas simples é uma de suas características. Humilde. Santo. Capaz de olhar somente para o que é essencial da vida: o que é eterno. Após ter respondido "Temos muita saudade, Deus é quem sabe" à pergunta se haveria oportunidade de morarmos novamente pelas redondezas, nos dirigimos a celebração. Quase tudo foi tocante. Porque mudaram? Não! Porque estão iguais! Com o mesmo amor e dedicação de sempre! Profundo e simples! Basta se atentar! O que é falado é eterno. A efemeridade passa longe dali. Depois, terminou. Pude falar com os rostos familiares. Alguns ouviam e falavam ao mesmo tempo. Normal. O tempo voltou a ser o mesmo. Corrido. Lembranças de tudo o que ainda há por fazer. Voltamos a nos falar. Eu a me compromisar a aparecer novamente. Estava indo. Deixando novamente o que foi deixado de fato um dia  junto com minha família. Mas posso voltar e devo voltar. Então pude perceber que a noite reservou a surpresa que eu não queria ter. Mas tive. E ficou na história. Ao menos na minha. Sem explicação. Não precisa de explicação. Como é bom saber que há vida, e há muita vida, naquilo que se propõe a ser o mesmo. A tradição. O amor a ser preservado. Cultivado. Disciplinado. Isso é amor. Isso é eterno!